terça-feira, 25 de junho de 2013

Perdendo as malas...

Às vezes, ser doido pelo mundo tem seus momentos stressantes, mas que valem o relato.

Hoje em dia, apenas um fator me preocupa e me deixa tensa antes de viajar: embarcar as malas.

Em menos de um ano passamos duas vezes pelo desgastante processo de ter nossas malas extraviadas pelas companhias aéreas. Duas vezes seguidas em viagens longas é demais, mas aconteceu.

A primeira vez foi com a Tam em 2010, indo para Paris.  Simplesmente, a mala caiu da esteira e eles não embarcaram.

Uma mala que tinha itens meus e de André como remédios de uso diário, óculos de grau (na época eu éramos míopes e usávamos -4,75), necessaire com todos os produtos de higiene pessoal (inclusive os produtos de lente de contato) e toda a minha maquiagem (que pânico!!!). Também tinha casacos, mas esses eram  pequenos detalhes, já que era fevereiro em Paris e estava fazendo apenas 4 graus negativos...

O suporte dado pela companhia aérea no aeroporto foi péssimo, colocaram uma francesa que mal arranhava no inglês e não tinha noção do que era português... Nos restou pegar o translado e irmos para o hotel com um número da Tam e ligar no dia seguinte.

Quando compramos as passagens, ganhamos da empresa que fez a emissão o seguro de viagens, que não me lembro mais do nome. Uma verdadeira bomba, pois tentamos insistentemente ligar para que nos ajudassem a localizar a mala junto à Tam, mas o número nunca se quer chamou.

Vale a dica, muito cuidado com o seguro de viagens que você escolhe, principalmente com cortesias, pois se o atendimento não funcionou para localizar uma mala, imagine para situações mais graves.

Resumindo,  mala foi entregue no hotel 3 dias depois, mas a Tam não nos deu suporte algum. 

No ano seguinte, 2011, foi a vez da Gol e da American Airlines perderem minha mala com TUDO, todas as roupas, casacos, sapatos, etc...

Era fevereiro em Nova York e eu só tinha a roupa do corpo. Como íamos para Washington antes de NY, o tempo era curto e me restou passar dois dias usando as roupas de André... Fiquei a elegância em pessoa...

Dessa vez, fui prevenida e até por trauma do ano anterior, fiz um seguro viagem melhor. Recomendo muito o seguro do Itaú, não o do cartão de crédito, mas o que você faz com o próprio banco. Consegui atendimento imediato em português pelo telefone e eles que ficaram em contato com a companhias. 

Até hoje não sei o que aconteceu, onde foi que a mala foi perdida, se o problema foi com a Gol ou com a American, sei apenas que mais uma vez não tive suporte algum e que recebi a mala quatro dias depois no hotel. 

O atendimento do Itaú foi simplesmente impecável, inclusive com atenção que recebi depois, com as pessoas ligando no hotel para saber se estava tudo bem.

O seguro me dava direito de comprar  $100 em roupas, para ser reembolsada no retorno na viagem mediante apresentação das notas fiscais. Fiz as compras no terceiro dia sem mala e com menos de 15 dias que tinha enviado à seguradora as notas fiscais, o dinheiro foi depositado na minha conta.

Em ambos os casos, entrei na justiça e ganhei as causas por danos morais, mas não tem dinheiro no mundo que pague esse desgaste e o trauma que fica. Entro em pânico toda vez que embarco minhas malas.

Comecei a escrever esse texto no avião, indo passar 3 dias em São Paulo pela Tam. Na volta, ao desembarcar em Salvador, constatamos que uma das nossas duas malas desaparecera. 

No balcão da companhia aérea, registramos a queixa e obtivemos a informação de que possivelmente a mala teria sido trocada por engano por um passageiro, visto que outra mala com características parecidas havia sido deixada no local. 

No dia seguinte, a informação se confirmou: a pessoa entrou em contato com a empresa e avisou que estava com a mala errada.

Problema resolvido, mas com uma nova prova do quanto o sistema de conferência de bagagens é falho nos aeroportos brasileiros. 

Espero que dessa experiência, vocês jamais compartilhem... Não vale a pena!


Ana Paula
Doida pelo Mundo