Fui para Nova York pela
primeira vez com a mala cheia de preconceitos, pois achava que “o EUA não era
rico culturalmente como a Europa", que sua cultura era enlatada, que eu só
iria achar um monte de gente consumindo desenfreadamente, que não ia ser tão bom
quanto o Velho Mundo.
Ironicamente, caí de
paixão pela Big Apple e aprendi que cultura não se resume apenas à história
antiga, mas está também na história que vivemos hoje, nas ruas. Cultura não
está só nas paredes dos museus e sim por todos os lados, está em cada pessoa,
em uma lanchonete, em cada atitude...
Durante o ano, listamos
onde queríamos voltar e o que queríamos fazer de novo. Aí que começou o
"problema"...
Queríamos voltar em quase
todos os lugares, sentir de novo algumas sensações, olhar com outros olhos,
perder a "ingenuidade" da primeira vez. Porém, ao mesmo tempo,
queríamos ir a outros pontos, outros museus, sair de Manhattan e desbravar o
mundo fora da ilha.
Alguns eventos e locais
eram "fato", um deles a NBA. Eu precisava realizar meu sonho de
adolescente e assistir um jogo do basquete americano in loco.
Em outubro, começamos a
pesquisar preços, datas, lugares nas arquibancadas, etc. Mas só deixamos para
comprar no dia 23 de dezembro. Dica: esses jogos são sempre muito
concorridos e lotam, muitos americanos compram a temporada toda, por isso é
difícil achar ingressos na “bilheteria" online, e foi o que aconteceu com
a gente.
Mesmo faltando mais de 2
meses para o jogo, os ingressos já estavam esgotados, compramos pelo TicketMaster
ingressos vendidos por desistentes e foi tudo muito tranquilo e seguro. Não sei
ao certo quanto paguei a mais pelas entradas, mas sei que valeu muito a pena!
Pagamos U$195,00 pelos dois num lugar central, relativamente alto, mas com a
vista maravilhosa. Curtimos cada jogada e cada centavo pago!
Outro programa certo era
jantar no Nobu, um restaurante japonês famosíssimo no mundo inteiro. Sabia que
ir sem reserva era impossível e que precisaríamos reservar com antecedência.
Tentei reservar através do
site opentable.com em novembro, mas não consegui, pois as
reservas só podem ser feita com no máximo 30 dias de antecedência.
No dia 9 de janeiro,
fiz nossas reservas para jantar no Nobu Next Door (em outro post conto porque
no Next Door e não no original) para o dia 07 de fevereiro.
Aos poucos a viagem foi se
configurando e, na semana anterior ao embarque, concluímos que uma terceira ida
a NY era obrigatória, pois os “blockbusters” nova iorquinos, que estavam longe de
ser clichês, tinham que ser repetidos. Central Park com a tradicional parada
para observar o Dakota, Metropolitan, Moma, Downtown, Soho, entre outros,
estavam garantidos na nossa rota.
Não poderíamos deixar de
assistir a missa gospel na AbyssinianChurch, no Harlem, já que na primeira vez
não conseguimos porque teríamos que ficar 2 horas em pé na chuva para TENTAR
entrar.
Dessa vez, não apenas
conseguimos como fomos os primeiros da fila. Vale muito a experiência. É um
programa cultural que nos ajuda a compreender a força da cultura negra
americana, a origem da musicalidade tão rica desse país e compartilhar um
ambiente diferente de tudo que já vimos com pessoas de todas as partes do
mundo. Nada mais new yorker, portanto. Mais detalhes em outro post!
Passeios desejados desde a primeira vez como o Museu da Imagem no
Queens, atravessar andando a ponte do Brooklyn e explorar o bairro, visitar Intrepid Sea-Air-Space Museum, fazer
a travessia para a StateIsland no ferry que os trabalhadores usam (fugindo do
passeio típico à Estátua da Liberdade) estavam fora da lista, pois não teríamos
tempo....
Em breve, NY 2013 dia por dia! Um viagem que foi cheia de
redescobertas e que nos fez concluir que para você realmente conhecer um lugar,
é preciso voltar pelo menos a segunda vez.
Ana Paula - Doida pelo Mundo